O Tribunal Superior do Trabalho (TST) julga nesta quinta-feira (21) uma ação de alto risco para o balanço da Petrobras. Trata-se de ação trabalhista que pode levar a reajuste de até 50% no salário de quase 60 mil empregados da companhia.
O custo total está estimado em R$15,2 bilhões, referente ao passado, e R$ 2 bilhões por ano daqui para frente.
Para comparar: o custo da ação trabalhista, caso a Petrobas perca a causa, é quase o dobro do que o governo está gastando com o subsídio ao óleo diesel acertado no acordo com os caminhoneiros para encerrar a greve que paralisou o país por 11 dias no mês passado.
Outra comparação: no ano passado, mesmo com a política de preços de mercado para os combustíveis, e que levou aos frequentes aumentos no preço da gasolina e do diesel, a Petrobras registrou um prejuízo de R$ 446 milhões em seu balanço.
Os trabalhadores reivindicam recálculo para os adicionais por trabalho noturno, sobreaviso e confinamento (período prolongado de permanência nas plataformas marítimas).
Os critérios para esses adicionais de remuneração foram fixados em acordo coletivo de 2007. Mas, em 2011, começaram a chegar as primeiras ações no TST solicitando mudanças na forma de cálculo.
São mais de 50 mil ações. Caso o TST decida favoravelmente ao trabalhadores, serão beneficiados os empregados da ativa e os aposentados.
O salário de trabalhador de nível médio em plataforma de exploração e produção de petróleo passaria de R$ 11.300 para R$ 16.200, com aumento de 43%. Já o salário para quem tem mais de 20 anos, passaria de R$ 16.400 para R$ 22.400, com aumento de 36,5%.
FONTE: G1
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