Voltou a chover em Belo Horizonte no início da tarde desta segunda-feira (27). De acordo com a Defesa Civil municipal, na maior parte da cidade a chuva teve intensidade moderada. O órgão informa ainda que a capital mineira continua em estado crítico devido a eventos e riscos geológicos causados pelos temporais dos dias anteriores.
Mais cedo, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia alertado que poderia ter mais chuvas nos próximos três dias,entre a segunda e a quarta-feira (29). Belo Horizonte está em alerta e o volume acumulado nos três dias pode superar 100 milímetros, com o maior índice esperado para quarta, segundo o Inmet. O solo está encharcado e há riscos de deslizamentos e desabamentos.
Em Minas Gerais, 101 cidades estão em situação de emergência por conta das chuvas. Até a última atualização desta reportagem, a Defesa Civil no estado havia confirmado a morte de 45 pessoas no estado, registradas entre sexta-feira (24) e domingo (26). Entre as vítimas estão crianças e bebês. Dezenove pessoas continuam desaparecidas.
A maior parte das ocorrências está relacionada a risco geológico, como deslizamentos e soterramentos.


Mortes causadas pela chuva em MG — Foto: Arte/G1
De acordo com o meteorologista Cléber Souza, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) que estava atuando sobre a Região Metropolitana perdeu força nesta segunda. “Nos próximos dias, as chuvas serão associadas ao calor e umidade e devem ocorrer no fim da tarde e à noite”, disse.
Segundo Cléber, das 9h de quinta-feira (23) às 9h de sábado (25), choveu 314 milímetros na capital mineira – a média do esperado para mês inteiro é de 319,1 mm. Entre quinta e sexta-feira, o volume foi o maior da história de Belo Horizonte para um dia: 171,8 mm.


Acumulado de chuvas de MG em Janeiro — Foto: Arte G1
Janeiro de 2020 já é o segundo mês da história da cidade com mais chuva registrada 809 mm (146% acima da média), segundo o Inmet. O mês mais chuvoso da história é janeiro de 1985, com acumulado de 850 mm.
O Inmet explicou que alto volume de chuva neste mês é decorrente da formação de duas ZCAS que atuaram sobre o estado. O sistema traz toda umidade da Amazônia, o que provoca as fortes chuvas.
“O ano passado foi seco só choveu 88 mm. Estava previsto para janeiro chuva dentro da normalidade. Porém, as duas ZCAS atuaram aqui. Nos 15 primeiros dias de janeiro formou uma e agora formou outra. Este fenômeno é típico do verão. Então foi diferente por causa disso”, explicou. Se a previsão de 100 mm de chuva se confirmar nestes últimos dias, este janeiro pode se tornar o mês mais chuvoso da história de BH. FONTE: G1
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