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Sem cilindros de oxigênio: Monte Carmelo pede socorro e transfere pacientes

O prefeito de Monte Carmelo, cidade com 48 mil habitantes, no Triângulo Mineiro, fez um apelo para receber cilindros de oxigênio vazios para atendimento de pessoas internadas no município com COVID-19. Paulo Rocha (PSD) fez uma live na noite de sábado (13/2) em uma rede social, informando que a demanda por cilindros na cidade supera a capacidade de fornecimento neste momento e que vai ter que transferir mais pacientes da cidade por falta de leitos.

Neste domingo (14/2), quatro deles já foram levados. Nas últimas semanas, já houve transferências para cidades como Pirapora e Montes Claros, além de Belo Horizonte.

“Precisamos de cilindros de oxigênio vazios. Estamos com problema no fornecimento do equipamento. Gastamos 54 cilindros por dia, o consumo é além da capacidade. Se você tiver cilindro vazio, por favor, nos empreste para fornecer oxigênio para as pessoas que estão internadas”, diz Rocha, em um dos vídeos e explica que não existem empresas na região que consigam fornecer o equipamento usado atualmente na cidade.

Até neste domingo (14/2), 15 cilindros tinham sido disponibilizados à prefeitura, com a promessa de um grupo de empresários para a compra de mais unidades nos próximos dias. A Secretaria de Estado de Saúde foi alertada nesta sexta-feira sobre o problema e informou à prefeitura que buscaria ajuda

Paulo Rocha afirmou que o atual consumo é 10 vezes maior que o normal na cidade e que a falta de vasilhames impede até a abertura de novos leitos na cidade. Se os cilindros forem adquiridos, é possível que o fornecedor os complete com o gás necessário para o atendimento.

Por causa da ocupação total de leitos de UTI e enfermaria, Monte Carmelo pretende transferir até oito pacientes para a cidade de Divinópolis nos próximos dias. Todos estão internados em enfermaria, mas se o estado de saúde seguir piorando, segundo o prefeito, não haverá como atendê-los em uma UTI.

A situação fez com que a prefeitura limitasse a circulação pela cidade até às 21h e que não houvesse a venda de bebidas alcoólicas. As medidas tentam evitar aglomerações durante o carnaval e circulação do novo coronavírus. “Nós fizemos essa medida e temos recebendo pressão de pessoas que não estão entendendo a gravidade da situação. Pessoas como essas só vão acreditar quando a doença bater na porta”, disse Paulo Rocha.

Segundo números da prefeitura, há 471 pessoas com COVID-19 em quarentena em casa e quase 900 outros casos suspeitos da doença, também em casa, aguardando par fazer o exame para comprovação da suspeita. A preocupação é que parte desses grupos tenha piora na saúde e também demandem leitos em Monte Carmelo.

De acordo com boletim mais recente disponibilizado pelo município, há 33 mortes por COVID-19 em Monte Carmelo e 1.656 casos da doença confirmados.

EM

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