A pandemia do coronavírus tem sido encarada como um “prato cheio” para hackers, que exploram a carência de segurança cibernética dos trabalhos remotos. No entanto, um setor específico tem chamado a atenção de cibercriminosos: a área de saúde. Apesar da trégua anunciada por algumas organizações criminosas, os invasores mantêm hospitais e indústrias de saúde no radar – já que estes vêm recebendo doações e recursos de fundos governamentais.Os ataques ransomware é o meio mais utilizado. Os invasores conseguem acesso ao banco de dados e informações pessoais de pacientes, ameaçando expor as informações caso não recebam a quantia solicitada (em dinheiro ou bitcoins). É possível encontrar credenciais de profissionais de saúde na deep web, por preços altíssimos.Um levantamento recente feito pela Apura Cybersecurity Intelligence apontou a existência de 920.866 mil sites suspeitos com a palavra “coronavírus” em domínios brasileiros. Dados da Accenture apontavam o crescimento de golpes no setor de saúde há cerca de três anos atrás.Accenture-Health-Consumer-Survey-Cybersecurity-paginas-6-1-1.jpgMesmo em 2017, antes da pandemia, ataques a hospitais já estavam em ascenção. Foto: Divulgação/Accenture “Socorro” globalEm maio, dezenas de líderes globais assinaram uma carta reivindicando ajuda na prevenção de ciberataques contra empresas de saúde. “Convocamos governos globais a tomarem medidas imediatas e ação decisiva para impedir todos os ataques cibernéticos contra hospitais, empresas de assistência e de pesquisa médica, bem como contra equipes médicas e organizações internacionais de saúde pública”, diz a carta organizada pelo CyberPeace Institute.A Kaspersky se engajou na causa e anunciou acesso gratuito, por seis meses, de seus produtos de segurança às organizações médicas. Quatro ferramentas de proteção para endpoint e cloud foram disponibilizadas.Outra empresa que agiu em prol do setor médico foi a Microsoft, enviando alertas a hospitais e outras organizações de saúde vulneráveis a invasões virtuais. A gigante também publicou uma série de recomendações protetivas, indicada para as mais diversas instituições. image-from-rawpixel-id-1029031-jpeg.jpgAlém dos problemas causados pela Covid-19, setor médico precisa enfrentar vulnerabilidade de dados virtuais. Foto: Rawpixel Casos se espalham pelo mundoNo dia 5 de julho, o Hospital Sírio informou que foi alvo de uma invasão virtual.Em maio, o FBI acusou dois dois hackers chineses suspeitos de roubar informações sobre projetos de vacinas contra a Covid-19.O Centro de Cyber Segurança do Reino Unido também acusou hackers e o governo Russo de tentarem furtar pesquisa de vacina.Em março deste ano, o Hospital Universitáro de Brno, da República Tcheca, foi obrigado a suspender temporariamente suas ações contra o coronavírus após sofrer um ciberataque.Via: E Hacking News
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