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Prefeito de Uberlândia prorroga decreto sobre comércio até a próxima semana: ‘Se não melhorar, vamos


Anúncio foi feito nesta quarta-feira (17) após casos de Covid-19 dispararem na cidade. Secretário de Saúde disse que Município poderá aderir ao Minas Consciente ou até decretar lockdown.

O prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), manteve as últimas medidas que foram adotadas em combate à Covid-19, com restrições no comércio, mas deu prazo até a próxima semana para que a comunidade mude o comportamento.

Em coletiva de imprensa transmitida ao vivo nesta quarta-feira (17), ele explicou que vai aguardar até terça-feira (23) para decidir se restringe novamente a abertura dos estabelecimentos.

“Vamos dar uma semana para que haja mudança. Se não, estamos analisando se vamos voltar com o primeiro decreto ou aderir ao programa do governo Minas Consciente”, disse.

O secretário Municipal de Saúde Gladstone Rodrigues, reforçou que outra medida que pode ser adotada para reduzir a contaminação é o lockdown. “Seria perder o direito de ir e vir. Não queremos chegar a esses termos, mas seremos obrigadas a tomar medidas drásticas”, disse.

A decisão foi tomada após duas reuniões do Comitê de Enfrentamento à Covid-19. Segundo o último boletim municipal diário, divulgado na terça-feira (16), a cidade registrou 69 óbitos e 4.025 pessoas contaminadas.

Ainda segundo o prefeito, a reedição do decreto será publicada com uma nova recomendação às agências bancárias. “Vamos pedir que seja ampliado o atendimento nos bancos, para evitar filas e congestionamentos. Fazemos esse apelo para que as agências nos ajude”, disse.

Desde a instituição do Comitê em Uberlândia, no dia 28 de fevereiro, a Prefeitura já publicou diversas portarias e decretos, suspendendo serviços públicos presenciais, declarando situação de emergência, fechando parte do comércio e voltando a reabri-las com restrições, impondo escalonamento e alterando horários de funcionamento.

Ações mais rígidas

O promotor de Justiça de Defesa da Saúde, Lúcio Flávio de Faria e Silva, também esteve na coletiva e reforçou que o alerta à população é necessária para que haja mudanças. Ele explicou que as medidas são tomadas de forma que não prejudique nem a saúde, nem o setor econômico.

“Os números que nós temos hoje demonstram que precisamos tomar medidas mais duras para proteger a população. Se chegar mais dez pacientes precisando de leito em uma UTI, nós não teremos onde colocar. Estamos em um momento crítico”, falou.

Ele também explicou o que significa aderir ao programa Minas Consciente, do governo estadual. “A liberação do comércio é de acordo com as ocupações de leitos. Os decretos são muito mais restritivos do que as medidas adotadas em Uberlândia”, explicou Lúcio Flávio.

Ao fim da coletiva, o prefeito Odelmo Leão pediu para que a população colabore e avisou que as pessoas não se assustem caso as medidas mais drásticas sejam tomadas. “Colaborem empresários, trabalhadores, autônomos, sociedade. Se não estivermos juntos, vamos atravessar a epidemia com dificuldades, já que a previsão do pico é para agosto”, finalizou.

Entenda

No dia 20 de março, a Prefeitura de Uberlândia decretou situação de emergência e determinou o fechamento de comércios não essenciais na cidade. O objetivo era evitar aglomeração e conter expansão do coronavírus.

Uma semana depois, o Executivo divulgou a lista completa de estabelecimentos comerciais com funcionamento permitido. A medida teve o objetivo reforçar a determinação e alinhar com os decretos estaduais e federais.

Já no dia 20 de abril, o Município liberou funcionamento escalonado de setores comerciais. E quatro dias depois, aumentou a lista dos estabelecimentos permitidos a realizar atendimento presencial, dente eles, os shoppings centers.

Contudo, os shoppings de Uberlândia decidiram não reabrir de imediato mesmo com a liberação da Prefeitura. Eles voltaram às atividades após dois meses fechados.

No final do mês de maio, o prefeito de Uberlândia Odelmo Leão (PP) e o secretário de Saúde, Gladstone Rodrigues, falaram sobre a situação da cidade, da ampliação de leitos de UTI, além de divulgarem que a unidade intensivista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) estava com 100% dos leitos ocupados. Na ocasião, o chefe do Executivo afirmou: ‘Se for necessário, eu fecho tudo de novo’.

Três dias depois, o Município suspendeu o escalonamento do comércio e proibiu o atendimento presencial aos sábados, domingos e feriados, inclusive de bares e restaurantes. O Procon municipal chegou a fechar 330 estabelecimentos por descumprirem a norma no primeiro fim de semana com as novas regras.

A Prefeitura de Uberlândia ainda antecipou o feriado de Nossa Senhora da Abadia, celebrado no dia 15 de agosto, para o dia 12 de junho, para permitir um feriado prolongado com o de Corpus Christi (11 de junho, neste ano) para que a população ficasse em casa quatro dias seguidos, evitando o aumento do contágio de coronavírus.

Mesmo assim, após quatro dias de fiscalização, quase 30 estabelecimentos foram interditados.

Restrições

Confira abaixo quais estabelecimentos podem funcionar com e sem restrições

Atividades sem restrições de funcionamento quanto a dias e horários:

  1. Farmácias e drogarias;

  2. Mercados, feiras livres, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, padarias, quitandas e centros de abastecimento de alimentos;

  3. Produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;

  4. Distribuidores de gás;

  5. Oficinas mecânicas, borracharias e lojas de autopeças;

  6. Assistência veterinária e pet shops;

  7. Lojas de material de construção, tintas, materiais elétricos e hidráulicos, vidraçarias, marcenarias e serralherias;

  8. Estúdio de pilates, desde que voltados à fisioterapia;

  9. Transporte e entrega de cargas e valores em geral;

  10. Serviços de call center;

  11. Restaurantes em pontos ou postos de paradas nas rodovias;

  12. Fabricação, montagem e distribuição de materiais clínicos e hospitalares;

  13. Atividades industriais;

  14. Atividades de assistência à saúde;

  15. Agências bancárias e lotéricas;

  16. Atividades agroindustriais;

  17. Construção civil;

  18. Lojas de materiais de limpeza;

  19. Laboratórios de análises clínicas e hospitalares;

  20. Hotéis e similares;

  21. Serviços de táxi e aplicativos;

  22. Serviços de segurança privada;

  23. Locadoras de veículos de qualquer natureza;

  24. Produção, distribuição e comercialização realizadas por meio de comércio eletrônico/remoto/telefônico e respectiva entrega;

  25. Clubes de lazer (com restrições de decreto anterior).

Funcionam de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h:

  1. Lojas de móveis e eletrodomésticos;

  2. Lojas de tecidos;

  3. Lojas de departamento;

  4. Floricultura paisagismo e jardinagem;

  5. Relojoarias, joalherias e perfumarias;

  6. Bancas de revista e papelarias;

  7. Lojas de confecções e calçados;

  8. Lojas de informática;

  9. Concessionárias e revendedoras de veículos;

  10. Lojas de conveniência e comércio de bebidas;

  11. Restaurantes, lanchonetes e sorveterias;

  12. Assistências técnicas em geral;

  13. Certificados digitais;

  14. Comércio de embalagens;

  15. Chaveiros;

  16. Óticas;

  17. Imobiliárias;

  18. Consultorias e assessorias jurídicas, contábeis e administrativas;

  19. Profissionais liberais;

  20. Mercado de capital e seguro;

  21. Entidade de classe;

  22. Estacionamentos privados;

  23. Lojas dentro dos terminais municipais de ônibus;

  24. Lavanderias;

  25. Shopping centers;

  26. Lava-jatos;

  27. Centros de formação de condutores.

G1

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