A medida foi necessária porque as cidades não contam com estrutura para manter os pacientes.
Mais cinco pacientes com Covid-19 são transferidos neste domingo (14) de Coromandel e Monte Carmelo para Divinópolis. O transporte é realizado por um avião da Força Aérea Brasileiro (FAB) e dois helicópteros.
Segundo informações apuradas pela TV Integração, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram deslocadas de Divinópolis para avaliar o estado de saúde dos oito pacientes de Coromandel e dos quatro de Monte Carmelo para efetuar a transferência.
No sábado (13), a cidade recebeu e encaminhou dois pacientes ao Hospital de Campanha da Unidade de Ponto Atendimento (UPA). Neste domingo foram amparados mais cinco pacientes, dois encaminhados para o Complexo de Saúde São João de Deus e três para o Hospital de Campanha da UPA.
A transferência dos pacientes foi realizada via aérea, com apoio do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiro de Minas Gerais. E, logo em seguida, foram transportados pelo Samu entre o Aeroporto Brigadeiro Cabral para unidades de saúde.
A medida foi necessária porque as cidades não contam com estrutura para manter os pacientes. A ação foi realizada pelo Serviço Aéreo Avançado de Vida em parceria com o Corpo de Bombeiros, Samu, Secretaria Estadual de Saúde, e Superintendência Regional de Saúde.
UTIs lotadas em Coromandel
Desde o dia 8 de fevereiro, pelo menos 14 pacientes de Coromandel precisaram ser levados para tratamento em outros municípios da região do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Norte e Centro-Oeste de Minas. O número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria não tem comportado a quantidade de pacientes que precisam de atendimento. Desde o início de fevereiro foram 34 transferências.
Uma mulher, de 46 anos, que havia sido internada em Montes Claros, não resistiu e faleceu ao dar entrada no Hospital das Clínicas Mário Ribeiro.
Na quinta-feira (12), o secretário de Saúde, Guilherme Ricardo de Assis Ferreira, afirmou que a cidade passa por um surto da doença, principalmente na última semana, quando houve um aumento expressivo no número de contaminados.
Ele também explicou que o que chama a atenção é o ciclo do vírus, que tem apresentado mudanças.
“Os médicos não estão entendendo, pois chega no fim do ciclo da doença, no oitavo ou décimo dia, e os quadros estão se agravando, principalmente quem tem comorbidades. Aí, pioram muito, precisam entubar e não tem leito”.
G1
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