Um dia após um mega-assalto em Criciúma, em Santa Catarina, um grupo armado com fuzis assaltou uma agência bancária na madrugada de ontem (2) em Cametá, a 235 km de Belém, no Pará. Uma quadrilha com cerca de 20 pessoas também cercou o quartel da Polícia Militar para impedir a ação policial e usou reféns como escudos humanos — um deles morreu durante a ação. Os mega-assaltos em Criciúma e Cametá não são casos isolados.
Neste ano, ações semelhantes ocorreram em cidades como Ipixuna do Pará, em janeiro; São Domingos do Capim (PA), em abril; e em cidades do interior de São Paulo, como Ourinhos, em maio; Botucatu, em julho; e Araraquara, em novembro.
Os Mega-assaltos demonstram capacidade de organização e planejamento dos bandidos. Os casos de Cametá e de Criciúma, onde 30 criminosos usaram dez carros e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas para assaltar uma agência bancária, chamam atenção por causa das semelhanças entre si.
Essa é uma modalidade de crime que tem crescido no Brasil, com o objetivo de colocar as mãos em grandes aportes de recursos de maneira rápida e com risco minimizado. No final de ano os bancos se preparam para ter um volume grande de recursos por causa do 13.º e isso pode ter justificado a escolha desses grupos de dispararem esses ataques nessa época
Ações podem ser resposta ao combate ao crime organizado. Os mega-assaltos a bancos podem ser uma resposta dos criminosos aos esforços da Polícia Federal de asfixiar financeiramente as organizações criminosas. Nos últimos meses foram deflagradas diversas operações contra o braço financeiro desse tipo de organização. Megaoperações no país atacaram o mundo do crime no que diz respeito a seus bens. Se você tem uma organização que realiza tráfico de drogas, por exemplo, você ganha milhões, mas isso é um mercado, você precisa de capital de giro para pagar seu fornecedor da droga.
Mntanheza FM/93,5
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