Uma grande operação contra a sonegação de impostos no comércio de grãos em Minas Gerais cumpre 22 mandados de prisão e 44 de busca e apreensão em três Estados. Segundo o MP, as fraudes aconteceram em empresas que ficam no chamado “Cinturão dos Grãos”, na região do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas.
As investigações apontam que notas fiscais falsas escondiam o nome dos verdadeiros produtores das mercadorias. Assim, eles ocultavam seus rendimentos e não declaram ao fisco os ganhos verdadeiros.
De acordo com o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), o esquema movimentou mais de R$ 1 bilhão por ano com a sonegação de Imposto de Renda, Pis/Confisns, Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) e do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Apenas ao Governo de Minas, o calote foi de cerca de R$ 100 milhões.
Os mandados são cumpridos em Unaí, Paracatu, Guarda-Mor, Belo Horizonte e Contagem, além de Formosa (GO) e São Paulo (SP). Entre alvos estão empresários, agricultores e contadores.
Segundo o MPMG, foi solicitado o “sequestro de bens de vários investigados, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal das pessoas físicas e jurídicas envolvidas”.
A operação batizada de Ceres é uma ação conjunta do MP com a Secretaria de Estado de Fazenda de Minas e as polícias Civil e Militar. Ao todo, 295 agentes e representantes dos órgãos envolvidos participaram das abordagens.
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