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Operação é feita em Patos de Minas contra empresas de exportação e importação de pedras preciosas


Um dos pontos foi na Avenida Getúlio Vargas, ponto nobre de Patos de Minas


Mandados de busca e apreensão são cumpridos na manhã desta terça-feira (21), em Patos de Minas, pela Receita Federal, Procuradoria da Fazenda Nacional e Polícia Federal durante a Operação “A Incomparável do Abaeté”.

Os alvos são sócios de empresas do ramo de importação e exportação de diamantes e pedras preciosas. O objetivo da ação é combater lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Eles também são investigados pela Polícia Federal por comércio de pedras preciosas extraídas de garimpos ilegais no país.

Segundo informações da Polícia Federal de Belo Horizonte, que comanda a operação, o grupo teria dissimulado patrimônio obtido em atividades ilícitas e remetido valores ao exterior de forma ilegal.

Os bairros onde os mandados são cumpridos e os nomes das empresas não foram informados.

Busca e apreensão

A Receita Federal detalhou que os mandados de busca e apreensão são feitos em duas residências, duas empresas e um escritório contábil. Eles visam apreender bens e valores e reunir elementos de prova sobre evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

E também identificar patrimônio dos envolvidos, em especial, em nome de terceiros, no país e no exterior, para garantir o pagamento de vultosa dívida tributária com a União, além de identificar a continuidade da prática de sonegação fiscal comandada por grupo econômico familiar.

Receita Federal e Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão em Patos de Minas — Foto: Receita Federal/Divulgação

Receita Federal e Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão em Patos de Minas — Foto: Receita Federal/Divulgação

Investigação

As investigações, conforme a PF, tiveram início em maio de 2018, quando os principais sócios das empresas foram identificados.

A Receita Federal explicou a forma como a empresa famililar agia. Entre 2000 e 2019, o grupo econômico em Patos de Minas sofreu diversas autuações do Fisco federal por sonegação de rendas geradas na atividade de comércio de pedras preciosas.

Em decorrência de diversos artifícios tais como remessas ilegais de grandes quantias ao exterior, uso de empresas de fachadas situadas no exterior, lavagem de dinheiro, e utilização de interpostas pessoas para ocultação de valores ilegalmente recebidos pelos envolvidos, o grupo tem conseguido dissimular a ocorrência da obrigação tributária e ocultar e blindar seu patrimônio.

Com isso, os empresários deixam de recolher para os cofres da União dívida superior a R$ 60 milhões, e ainda têm continuado a agir nesse esquema criminoso de sonegação.

Arte mostra como era o esquema de empresários investigados em Patos de Minas na Operação "A incomparável do Abaeté" — Foto: Receita Federal/Divulgação

Arte mostra como era o esquema de empresários investigados em Patos de Minas na Operação “A incomparável do Abaeté” — Foto: Receita Federal/Divulgação

Nome da operação

A Operação “A Incomparável do Abaeté” recebeu esse nome como referência a uma pedra preciosa, um diamante rosa, que foi extraída nos anos 90 de um garimpo de propriedade dos envolvidos no esquema criminoso de evasão fiscal, localizado na cidade de Abaeté, no Centro-Oestes de Minas, e avaliada, na época, em mais de US$ 30 milhões.

G1

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