Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas participam novamente da pesquisa. Entrevistadores realizarão 250 testes rápidos em cada município entre os dias 27 e 30 de agosto.
O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) iniciou, nesta quinta-feira (27), a 4ª fase da pesquisa para detecção de casos de Covid-19 em Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas. Serão aplicados 250 testes em cada município até o próximo domingo (30).
O trabalho é coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPeL) e foi financiado pelo Ministério da Saúde nas três primeiras etapas. Nesta fase, o financiamento é feito pelo programa “Todos pela Saúde”. O objetivo é ajudar a identificar o número de pessoas que têm anticorpos para o vírus em vários municípios do país.
Veja como identificar os entrevistadores. Relembre como foram as etapas anteriores.
4ª fase
Esta é quarta vez que as cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba participam da pesquisa. As três etapas anteriores foram realizadas nos meses de maio e junho (veja abaixo).
De acordo com a supervisora do Ibope em Uberlândia, Sueli Garibalde, os 250 testes destinados para a maior cidade do Triângulo foram divididos em 25 bairros, com dez testes para da um. Em cada bairro, os entrevistadores seguem uma rotina determinada previamente para descentralizar as amostras.
“O bairro é sorteado através do setor censitário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dentro do bairro a primeira abordagem é feita em um determinado quarteirão, e a partir dali pulamos nove casas para realizar a próxima abordagem. Em cada casa, um programa de computador sorteia um morador para realizar o teste”, explicou Garibalde.
O G1 entrou em contato com o Ibope para saber quais bairros foram escolhidos para participar do estudo em cada cidade, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.
Etapas anteriores
Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas foram os três municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba que participaram da pesquisa “Evolução da prevalência de infecção por Covid-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional”, realizada pelo Ibope.
O trabalho foi coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPeL) e financiado pelo Ministério da Saúde durante as três primeiras etapas. O objetivo é ajudar a identificar o número de pessoas com anticorpos para o vírus em vários municípios do país.
Em Uberlândia, durante a aplicação dos testes na primeira fase, moradores chegaram a acionar a Polícia Militar (PM), por acreditarem que a ação se tratava de um golpe. Ao todo, três casos de Covid-19 foram detectados durante as três fases.
“Os profissionais estão identificados com o crachá do Ibope. O morador também pode identificar os trabalhadores a partir do folder exclusivo com mais informações sobre a doença e ele mesmo fica com um documento assinado por quem realizou a entrevista, confirmando que ele participou da pesquisa”, completou a supervisora Sueli Garibalde,
Um caso foi detectado em Patos de Minas durante a primeira etapa. Já na segunda fase, nenhum município teve casos confirmados. Na terceira etapa, um caso foi confirmado em Uberlândia e outro em Uberaba.
Como funciona a pesquisa
Segundo o Ibope, todos os entrevistadores são identificados e utilizam todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para evitar contaminação. As entrevistas e testes são feitos na área externa das residências, respeitando as regras de distanciamento.
“Os números de casos de infecção, internações e mortes por coronavírus se mantêm altos dia após dia no Brasil. Neste momento, precisamos das melhores evidências para embasar ações, preservar a saúde e prevenir mortes evitáveis de brasileiros”, explicou o coordenador geral do estudo, Pedro Hallal.
O teste demora cerca de 15 minutos para ficar pronto e, enquanto aguarda, a pessoa sorteada ainda responde a um questionário para saber o estado de saúde. Caso a pessoa tenha o resultado do teste como positivo, todo o núcleo familiar é testado também.
O Ibope ressaltou que é muito importante que os moradores selecionados aceitem participar desse estudo porque, além de ficarem sabendo do resultado dos próprios exames, contribuirão com a ciência e com os esforços de conter o avanço da pandemia no Brasil.
G1
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