O Google foi processado novamente nos EUA por privacidade de dados. O buscador é acusado de registrar o que as pessoas estão fazendo em centenas de milhares de aplicativos, mesmo quando elas seguem passos recomendados pela empresa para interromperem tal monitoramento.
O processo é o segundo encaminhado em vários meses contra a empresa pelo escritório de advocacia Boies Schiller Flexner em nome de alguns clientes, os quais também incluem rivais do Google, como Facebook e Oracle.
No mês passado, o escritório de advocacia havia acusado o Google de gravar clandestinamente a atividade dos usuários do navegador Chrome, mesmo com o modo de navegação anônima ativado. O Google disse que iria reivindicar a alegação.
Coleta de dados
A nova ação acusa o Google de violar leis federais e estaduais ao registrar o que os usuários estão vendo em notícias, aplicativos de transporte e outros tipos apesar de terem desligado a função de monitoramento “Atividade na Web e Apps” em suas contas no Google.
A coleta dos dados, segundo a acusação, acontece por meio do Firebase do Google, que normalmente opera dentro de aplicativos invisíveis aos usuários. Ele é um conjunto de softwares populares entre desenvolvedores de apps para armazenar dados, enviar notificações e anúncios e rastrear falhas e cliques.
Erros de configuração são comuns no Firebase, no entanto, podem custar caro ao Google. Em maio, tais falhas no serviço expuseram os dados de usuários de 24 mil apps Android, segundo análise feita pela Comparitech, empresa que ajuda seus usuários a comparar e avaliar serviços online.
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Erros no Firebase já expuseram os dados de usuários de 24 mil apps Android. Foto: Reprodução
Pesquisadores analisaram uma amostra de 515.735 apps, o que representa 18% de todos os apps na Google Play Store. Destes, 4.282 apps estavam expondo informações. Extrapolando estes dados, eles chegaram à conclusão de que 24 mil apps, cerca de 0,83% total, são vulneráveis.
Conjuntamente, os apps vulneráveis foram instalados mais de 4,2 bilhões de vezes por usuários Android em todo o mundo.
Via: Reuters
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