O Ministério da Saúde mudou sua orientação para pacientes que apresentem sintomas iniciais de Covid-19. Ao invés de ficar isolado em casa e procurar atendimento médico somente em caso de piora, agora a recomendação é de que a pessoa busque atendimento tão logo os sinais da doença sejam percebidos.
Segundo Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde, a estratégia para o combate do novo coronavírus mudou após evidências no Brasil e no mundo mostrarem que, com o atendimento numa fase inicial da doença, consegue-se evitar o agravamento.
Em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (9), Franco disse que a ideia é evitar que pacientes sejam atendidos já com casos mais graves. De acordo com o secretário, agora há estrutura suficiente para atender à demanda.
“As unidades estão preparadas. Foram criados os centros de triagem, os centros comunitários. Estamos pela atenção primária. Estamos financiando também o estabelecimento desses centros. Estamos reforçando toda a estrutura de atenção primária com médicos contratados pelo programa Mais Médicos. Tudo isso foi feito visando a oportunizar à população o atendimento precoce”, declarou.
Durante a coletiva, o Ministério da Saúde ainda lembrou a autonomia de médicos e pacientes a respeito de tratamentos. No entanto, para Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos da pasta, é preciso seguir os preceitos da “boa medicina baseada em evidências”.
“O paciente tem a sua autonomia, deve ser respeitado. E o profissional tem a prerrogativa e a autonomia em prescrever o tratamento que sua consciência o move a fazer — baseado nas melhores evidências científicas, nos valores compartilhados entre médicos e pacientes, e também em sua experiência profissional”, analisou.
Busca por tratamentos
Cientistas em todo o mundo estão a todo vapor na busca por um tratamento efetivo contra a Covid-19. O mais recente medicamento que se mostrou promissor em testes é o corticóide dexametasona.
Até então, este é o único tratamento farmacológico a demonstrar resultados práticos em relação à mortalidade em um experimento clínico com metodologia rígida, ainda que os dados não tenham sido publicados em uma revista científica até o momento.
Em junho, quando foi anunciado por pesquisadores de Oxford que o medicamento foi eficaz em testes feitos com pacientes graves internados, logo a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que a utilização da droga é um avanço científico na luta contra a pandemia do novo coronavírus.
Via: Uol
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