Desenvolvida por pesquisadores brasileiros, nova nanotecnologia reduz o tamanho de medicamentos, melhora o gosto e ajuda na sua ingestão.
Para quem tem dificuldade de engolir medicamentos, como crianças e idosos, uma nova tecnologia, desenvolvida por pesquisadores brasileiros, reduz o tamanho de comprimidos e ajuda na ingestão dos remédios. Através da nanotecnologia – manipulação da matéria em níveis moleculares ou atômicos, visto apenas por microscópio, devido ao pequeno tamanho –, os remédios podem ser diluídos em água e não possuem cheiro e nem gosto.
De acordo com o farmacêutico e CEO da startup brasileira Yosen Nanotechnology, Gustavo Cadurim, com a nanotecnologia, há uma melhor absorção dos medicamentos.
“Com essa tecnologia, é possível desenvolver suplementos, cosméticos ou medicamentos. Dessa forma, é possível aumentar a absorção dos nutrientes, reduzindo o tamanho da dose”, explicou Cadurim.
O farmacêutico explicou que, devido ao pequeno tamanho das partículas, é possível diluir em água. Um dos produtos já desenvolvidos pela empresa é o ômega 3 líquido, que serve para prevenção de doenças do coração. “O ômega 3 é um óleo de peixe, muito consumido em cápsulas. O óleo não se mistura ao nosso corpo, por ser basicamente água. Dessa forma, quem ingere, acaba tendo aquela sensação do gosto de peixe na boca. Com a tecnologia solúvel em água, isso não acontece”, afirmou.
Nanotecnologia aplicada aos medicamentos.
Já a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) está testando um medicamento, em forma de pomada, feito com nanotecnologia, para tratamento de doenças de pele, como a psoríase.
O professor do Centro de Pesquisas em Doenças Inflamatórias da USP de Ribeirão Preto, José Carlos Alves Filho, disse que os resultados são promissores. “Com a nanotecnologia é possível atingir camadas mais profundas da pele. Na pesquisa que fizemos com animais, percebemos que as inflamações de pele melhoraram em até 80% com o remédio”, disse, destacando que o estudo está em fase de teste.
A nanotecnologia na saúde envolve a manipulação da matéria em níveis moleculares ou atômicos. Por atuar com processadores extremamente pequenos (os nanorrobôs, invisíveis a olho nu), a nanotecnologia tem acesso às células mais profundas.
Além disso, pesquisadores brasileiros desenvolveram a nanotecnologia para diminuir o tamanho de qualquer remédio. A tecnologia pode ser até mesmo misturada em água e não tem gosto, nem cheiro.
A empresa que desenvolve o produto utiliza apenas ingredientes naturais, construindo sistemas de liberação inteligentes, com alta concentração de nutrientes e mantendo o produto transparente e solúvel em água.
Além disso, com a tecnologia é possível aumentar a absorção dos nutrientes em até dez vezes, reduzindo o tamanho da dose.
Gabriel Amorim Farmacêutico
Fonte: Tribuna Online
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