Ultimamente estão sendo disseminadas inúmeras notícias de fontes duvidosas via apps de mensagens instantâneas ou redes sociais. Há 4 anos, essas notícias falsas eram chamadas de boatos, mas elas já são mais conhecidas atualmente como fake news e, na maioria das vezes, os remetentes não conseguem distinguir o que é verdade e o que é falso. Para se ter uma ideia, essas notícias se espalham 70% mais rápido que as verdadeiras em redes sociais como o Twitter, por exemplo, e, alcançam até 100 vezes mais pessoas, é o que aponta o maior estudo já realizado sobre a disseminação de notícias falsas na internet, realizado por cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), dos Estados Unidos.
E quando a notícia falsa é ligada à política, a disseminação ocorre três vezes mais rápida. No mês passado, a Kaspersky Lab já havia alertado sobre uma campanha maliciosa utilizando a corrida eleitoral para roubar dados pessoais. “Em janeiro deste ano, identificamos também um caso em uma rede social que prometia um suposto vídeo da prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Esse foi mais um golpe que utiliza a curiosidade do usuário para disseminar códigos maliciosos”, alerta Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab.
Infelizmente, as técnicas de engenharia social estão sendo utilizadas também para propagar as fake news. Por exemplo, há mais de um ano está circulando uma notícia falsa sobre uma nova dipirona importada da Venezuela que conteria um vírus com alta taxa de mortalidade chamado Marburg. “O mecanismo é sempre o mesmo: eventos de grande interesse e informações de difícil acesso levanta um certo tempo para serem checadas, permitindo com que o boato se espalhe rapidamente”, explica Assolini.
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